Histeria

Neste vasto mundo da sexualidade não podemos deixar de citar a histeria, uma doença que até os dias atuais é cercada por enigmas e questionamentos que impactaram o meio social a partir da segunda metade do século XIX e início do século XX.

Nas palavras de Freud: "O nome “histeria” tem origem nos primórdios da medicina e resulta do preconceito, superado somente nos dias atuais, que vincula as neuroses às doenças do aparelho sexual feminino.

O que provoca a histeria?

Os sintomas da histeria, na maioria dos casos, começam quando uma grande carga de afeto e de emoção fica reprimida, levando a um grande sentimento de culpa e ansiedade.

Como era o tratamento para histeria antigamente?

O tratamento consistia em rezas, amuletos e exorcismos. As mulheres identificadas como histéricas eram interrogadas, perseguidas, torturadas e, por vezes, queimadas na fogueira.

A partir dessas informações você deve se perguntar, o que uma doença como essa tem a ver com sexualidade? Então vamos lá...

A histeria despertou a atenção dos pesquisadores da época, a fim de entender e caracterizar a sua manifestação nos seres humanos. Do ponto de vista psiquiátrico, a histeria, principalmente aquela diagnosticada no século XIX, é um tipo de afecção mental cuja presença de sintomas diversos como paralisia e anestesia, confusão mental, múltipla personalidade e apatia em relação ao mundo exterior era evidente. Do ponto de vista etimológico (real, verdadeiro), deriva de um substantivo grego – hystéra – que significa útero. Para os antigos, a energia vital desse órgão se deslocava para outras regiões do corpo causando os ataques. Por outro lado, os medievais a consideravam como manifestação de bruxaria e não foram poucas as mulheres queimadas vivas por causa disso.

Neste preceito de doença o tratamento inicial era feito no consultório com médicos precisando massagear o “útero” de suas pacientes. Os sintomas chegavam a persistir por semanas, até que a crise histérica passasse por inteiro.

Com o passar do tempo, para ajudar os médicos nos seus atendimentos foram desenvolvidos vários tipos de aparelhos que auxiliavam o procedimento, que para os médicos era exaustivo, já que não tinha tempo certo para obter o resultado.

Muito se especula sobre a origem do vibrador, mas estudando a histeria conseguimos entender de onde vem e porque ele foi desenvolvido. Os vibradores são muito populares em sex shop, mas seu uso nos dias de hoje é bem distante do que foram pensados. Na verdade esse objeto não foi pensado para satisfazer o prazer humano e muito menos o prazer feminino.

Conhecer a sexualidade nos deixa livres para conhecer os prazeres, viver todos eles, antes desconhecido pelas mulheres, onde essa energia não era canalizada, trazendo os problemas psíquicos. Conhecer o próprio corpo se masturbar e chegar ao orgasmo é sadio, é vida, por fim concluímos que é a própria sanidade mental.